POLÍTICA – Câmara dos Deputados propõe suspensão de mandatos e censura a 17 parlamentares por motim em pleno legislativo; corregedor defende medidas rigorosas.

A Corregedoria da Câmara dos Deputados emitiu, nesta sexta-feira, uma recomendação que sugere a suspensão de mandatos para três deputados e a aplicação de censura escrita a 14 parlamentares da oposição. Esta decisão resulta de um motim ocorrido no plenário da Casa, no início de agosto, quando opositores obstruíram os trabalhos legislativos.

Após analisar representações contra os deputados, o corregedor, Diego Coronel, propôs ao Conselho de Ética a imposição de uma pena de 90 dias de suspensão ao deputado Marcos Pollon e de 30 dias aos deputados Marcel Van Hattem e Zé Trovão. Todos eles estão sendo acusados de obstruir a cadeira da presidência da Câmara. Importante ressaltar que Marcos Pollon enfrenta ainda outro pedido de suspensão que pode totalizar 120 dias, devido a declarações consideradas difamatórias em relação à presidência da Casa.

Além das suspensões, a Corregedoria pediu a aplicação de censura escrita a um grupo de parlamentares, incluindo figuras conhecidas como Allan Garcês, Bia Kicis e Carlos Jordy. Coronel destacou que a decisão foi embasada na análise de imagens internas da Câmara, bem como nas argumentações apresentadas pelas defesas dos deputados.

O corregedor ressaltou a importância do trabalho institucional realizado pela Corregedoria, afirmando que todas as condutas foram analisadas de maneira imparcial e individual. Ele enfatizou que o relatório foi entregue em um tempo reduzido de 22 dias úteis, demonstrando um compromisso com a agilidade no processo.

As recomendações agora se encaminham para análise do Conselho de Ética e devem ser aprovadas pelo plenário. As regras internas da Câmara estipulam que a Mesa Diretora será responsável pela avaliação da censura escrita. Essas ações originaram-se de pedidos enviados pelo presidente da Casa, Hugo Motta, que busca responder ao comportamento dos parlamentares durante o motim.

O episódio que desencadeou essas ações ocorreu no dia 5 de agosto, quando senadores e deputados da oposição ocuparam os plenários do Senado e da Câmara para protestar contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. Durante essa ação, houve obstrução nos trabalhos, com parlamentares exigindo pautas que envolviam propostas de anistia e impeachment, que foram amplamente repudiadas pela base governista, que classificou a medida como chantagem.

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