Hugo Motta enfatizou a urgência do tema, afirmando que “uma infância perdida não se recupera” e que é essencial agir rapidamente para garantir a segurança dos menores. Ele destacou que as questões envolvendo a proteção infantil não podem ser tratadas com descaso, pois os traumas podem durar uma vida inteira. A pauta, que inclui mais de 60 projetos de lei já protocolados, será debatida por um grupo de trabalho, também composto por especialistas, que se dedicará ao assunto ao longo dos próximos 30 dias.
O debate ganhou destaque após denúncias do influenciador Felca Bress, que chamou a atenção para perfis que exploram crianças e adolescentes em conteúdos considerados impróprios. Estes perfis frequentemente expõem os jovens em danças sensuais ou discutindo temas de natureza sexual, com o intuito de monetizar esses conteúdos, prática conhecida como “adultização infantil.” Esta situação alarmante levantou questionamentos sobre a responsabilidade das plataformas digitais e a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa.
Em resposta a essa problemática, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que enviará ao Congresso uma proposta para regulamentar as redes sociais. Durante uma entrevista, Lula ressaltou a falta de responsabilização que atualmente permeia o funcionamento dessas plataformas. Ele argumentou que é inaceitável que crianças e adolescentes permaneçam vulneráveis a diversos tipos de ataques, como a pedofilia. A preocupação com delitos cometidos no ambiente digital deve ser uma prioridade, assegurou o presidente, que afirmou que a regulamentação é um passo essencial para garantir a segurança dos jovens.
Assim, o enfrentamento das questões que envolvem a proteção da infância no meio digital está ganhando um espaço significativo no debate político, com a intenção de estabelecer práticas que garantam um ambiente mais seguro para as futuras gerações.
