POLÍTICA – Câmara do Rio aprova renovação da Guarda Municipal, que passará a se chamar Força de Segurança Municipal com poder para uso de armas de fogo.



Na última terça-feira, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizou uma sessão extraordinária onde foi aprovado, por 33 votos a favor e 14 contra, um projeto de lei complementar que altera o nome da Guarda Municipal (GM-Rio) para Força de Segurança Municipal do Rio de Janeiro (FSM-Rio). A proposta, que passará por uma nova votação em segunda discussão, introduz uma nova estrutura para a instituição, estabelecendo a criação da Força de Segurança Armada (FSA). Este novo órgão, considerado de elite, terá a autorização para empregar armas de fogo em suas atividades de policiamento ostensivo, preventivo e comunitário.

O presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado, ressaltou a importância dessa mudança, afirmando que o objetivo é proporcionar uma cidade mais segura. Ele se comprometeu a trabalhar em emendas que visem preparar melhor a Guarda Municipal para atender à população de forma eficaz. A nova estrutura vai contar com a liderança de um diretor-chefe, que será indicado pelo prefeito, e a proposta espera garantir maior autonomia funcional.

A FSA poderá contratar agentes temporários por um período de até um ano, com possibilidade de prorrogação, e a remuneração inicial foi fixada em R$ 13.033. Agentes já integrantes da Guarda Municipal também poderão integrar a nova força mediante concurso interno, recebendo uma gratificação adicional de R$ 10.283,48 durante sua atuação na FSA.

As reações à proposta não foram unânimes. Parlamentares que se opuseram à iniciativa expressaram suas preocupações, questionando a eficácia das mudanças e os riscos envolvidos, especialmente no que diz respeito à segurança dos agentes após a realização de prisões. A crítica se estendeu à falta de um diálogo mais profundo entre a Câmara e a prefeitura, com a vereadora Thais Ferreira enfatizando que a discussão foi insuficiente e que a valorização da Guarda Municipal deveria ser uma prioridade.

A vereadora Tainá de Paula destacou a importância de criar emendas que incluam mecanismos de transparência e controle público, alertando também quanto ao potencial uso da nova força para práticas de higienização urbana.

Por fim, a prefeitura estimou que a reestruturação da Força de Segurança Municipal terá um impacto orçamentário significativo, prevendo gastos que chegam a R$ 463,2 milhões em 2027, lançando um alerta sobre a viabilidade financeira do projeto a longo prazo.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo