Derrite enfatizou que o projeto, originado no governo federal, contém “boas iniciativas” que têm sido integradas ao substitutivo, resultando em um texto mais robusto e adaptado às sugestões de diversos parlamentares. Ele destacou que o último parecer já está disponível no sistema, refletindo as alterações precedentes. Para ele, o substitutivo deve ser compreendido não como um objetivo final, mas como um ponto de partida para o debate legislativo, elogiando as contribuições recebidas das diferentes bancadas.
Hugo Motta corroborou a avaliação de Derrite, ressaltando a importância de um trabalho técnico rigoroso. O presidente da Câmara expressou que não há interesse em apressar a pauta de segurança pública, manifestando preocupação com a condução cuidadosa das discussões e reconhecendo os pontos positivos que foram mantidos do governo. Ele argumentou que o projeto deve levar em conta uma série de mudanças que visem a um novo marco legal no combate ao crime organizado.
Esse adiamento ocorre em resposta a críticas formuladas pelo governo federal, que questionaram a validade do último relatório apresentado por Derrite. A nota do Ministério da Justiça alertou sobre possíveis retrocessos jurídicos e sobre o risco de gerar um “verdadeiro caos jurídico”, conforme os pontos debatidos poderiam afetar procedimentos já em andamento. O governo ainda expressou preocupação com a possibilidade de um “tumulto normativo” que poderia beneficiar criminosos e sugeriu que a proposta poderia enfraquecer financeiramente a Polícia Federal e as outras forças de segurança da União.
Além disso, quatro governadores de oposição ao Executivo pediram mais um mês para discutir o projeto, evidenciando a complexidade e a sensibilidade que envolvem a matéria. Com a decisão de adiar a votação, espera-se que a Câmara possa promover um debate mais aprofundado e abrangente antes de seguir com a promulgação de normas que tratam da segurança pública e do enfrentamento ao crime organizado.
