Lula enfatizou a importância de compartilhar a experiência brasileira na produção de alimentos, apontando que essa troca de conhecimento pode ser um aliado eficaz no combate à fome e à pobreza. Ele fez uma reflexão sobre a história de exploração do povo africano pelos colonizadores, reconhecendo que essa dívida não pode ser calculada em termos financeiros, mas sim em esforços de cooperação e apoio.
O diálogo reúne mais de 40 delegações de nações africanas, além de representantes de organismos internacionais, bancos multilaterais de desenvolvimento e organizações da sociedade civil. A programação inclui visitas de campo em áreas próximas a Brasília, onde serão abordados temas cruciais como saúde do solo, bioinsumos e práticas de agricultura familiar. Além disso, os participantes conhecerão tecnologias para o manejo da seca no Vale do São Francisco, explorando estratégias para a fruticultura tropicalizada e a resistência de rebanhos.
Durante sua fala, Lula também mencionou a necessidade de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa que foi aprovada sob a presidência brasileira do G20 no ano passado. Ele enfatizou que a fome não é um resultado de fatores naturais, mas sim falhas na gestão e nas prioridades dos governos. Para ele, é fundamental que políticas públicas eficazes sejam discutidas e implementadas para resolver essa questão premente.
Assim, o evento não apenas reforça o compromisso do Brasil com a África, mas também busca criar um espaço de diálogo e colaboração mútua, visando à construção de soluções sustentáveis para os desafios que ambos os continentes enfrentam. Lula manifestou sua intenção de continuar promovendo parcerias com o continente africano, ressaltando a importância dessa relação histórica e estratégica para o futuro.
