POLÍTICA – Bolsonaro tem funções partidárias suspensas e deixa de receber remuneração do PL após condenação e início de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Na última quinta-feira, o Partido Liberal (PL) anunciou uma medida significativa em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A legenda decidiu suspender suas funções partidárias e, consequentemente, interromper o pagamento de sua remuneração como membro do partido. Essa decisão, conforme explicou o PL em um comunicado oficial, foi motivada por dois fatores principais: a ressalva da legislação pertinente e a suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro, que ocupa a posição de presidente de honra da sigla.

A suspensão das atividades de Bolsonaro, bem como o corte na sua remuneração, deverá permanecer em vigor enquanto se mantiverem os efeitos da condenação a que ele se submeteu na Ação Penal 2668. Vale destacar que o ex-presidente começou a cumprir pena esta semana, estando atualmente detido na sede da Polícia Federal em Brasília, após ser condenado por tentativa de golpe de Estado.

Em um cenário instantaneamente impactado por essa reviravolta, Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente, comentou sobre a decisão nas redes sociais. Em sua postagem, ele enfatizou que a suspensão das atividades de Jair Bolsonaro foi uma ação obrigatória, determinada pela legislação em vigor, e não uma escolha do partido. Flávio destacou a natureza arbitrária da situação que seu pai enfrenta, afirmando que a lei exige esse tipo de medida em virtude da condenação.

Além de pontuar a dificuldade do momento, o senador fez um apelo por união dentro do grupo político, afirmando que a coesão é crucial em tempos desafiadores. “Enquanto eu estiver vivo, nada faltará ao meu pai”, disse Flávio, reiterando a importância de manter-se fortalecido e unido durante a turbulenta fase que a família e o partido atravessam.

A suspensão das atividades de Jair Bolsonaro no PL, marcada por um contexto de crise e condenação, reflete as complexas interações entre política, justiça e lealdades familiares, deixando um cenário incerto para o futuro tanto do ex-presidente quanto da legenda que ele liderou nos últimos anos.

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