A delação de Mauro Cid, que teve seu sigilo levantado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, conta como Bolsonaro teria descoberto a possibilidade de adulterar os registros de vacinação no sistema Conecte SUS, em 2021. Após o ajudante de ordens conseguir os cartões de vacinação falsos para si e sua família, Bolsonaro teria ordenado que fosse feito o mesmo em seu nome.
De acordo com o depoimento prestado à Polícia Federal, Cid manipulou os dados no sistema e imprimiu os cartões falsificados, entregando diretamente a Bolsonaro. O objetivo seria utilizar os certificados falsos em situações como viagens internacionais, onde a apresentação do cartão de vacinação ainda era exigida por alguns países.
É importante ressaltar que, pouco antes de deixar a Presidência, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos com sua esposa e filha, porém, como estava utilizando passaporte diplomático, não precisou apresentar o cartão de vacinação contra a covid-19 de acordo com as regras americanas. Ainda assim, a revelação da delação de Mauro Cid lança luz sobre possíveis irregularidades cometidas pelo ex-presidente.
O caso tem causado grande repercussão no cenário político brasileiro, levantando questionamentos sobre a conduta ética e legal de Bolsonaro enquanto chefe de Estado. Resta agora aguardar os desdobramentos desse escândalo e as possíveis consequências legais para os envolvidos.