Bolsonaro chegou ao hospital às 9h e, de acordo com informações preliminares, estava no local até as 11h30. Ao conceder a permissão para que o ex-presidente saísse de casa, Moraes estabeleceu que ele deveria retornar ao seu domicílio em até oito horas e que um atestado especificando os procedimentos realizados deveria ser apresentado dentro de 48 horas.
Os exames a serem realizados incluem análises de sangue e urina, além de procedimentos como endoscopia, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ecocardiograma. A defesa de Bolsonaro justificou a necessidade dessas medidas devido a problemas de saúde recentes, como refluxo e soluços persistentes. Desde 2018, após um atentado em que foi alvo de uma facada, Bolsonaro mantém acompanhamento médico contínuo devido às sequelas das cirurgias que precisou enfrentar em decorrência da lesão.
Durante o período em que estiver fora de casa, o ex-presidente permanecerá sob monitoramento por meio de uma tornozeleira eletrônica, com a supervisão da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF). Esse monitoramento visa garantir que o ex-presidente cumpra as condições estabelecidas para a sua saída.
Vale lembrar que a prisão domiciliar de Bolsonaro foi imposta após o ex-presidente ter sido acusado de utilizar as redes sociais de seus filhos para contornar proibições relacionadas à sua comunicação digital. O ministro Moraes alegou a necessidade de tais medidas cautelares em um contexto onde o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, está sendo investigado por alegações que envolvem a promoção de ações visando retaliações contra o governo brasileiro. Enquanto isso, o ex-presidente enfrenta outros desafios legais, incluindo sua relação com a suposta trama golpista, que deve ser discutida em um julgamento programado para setembro. Os detalhes e desdobramentos relacionados a essa situação ainda permanecem em destaque na pauta política do país.