POLÍTICA – Almirante da Marinha é indiciado por participação em golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, segundo relatório da PF.

O relatório da Polícia Federal (PF) divulgado recentemente revelou detalhes preocupantes sobre um golpe de Estado que teria sido planejado por um grupo de 37 pessoas. Entre os indiciados está o almirante Almir Garnier, que na época dos fatos investigados comandava a Marinha do Brasil. Segundo o documento, mensagens encontradas no celular do tenente Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mostram uma conversa em que um contato chamado “Riva” elogia Garnier como “patriota” e revela que havia tanques prontos no Arsenal.

O relatório também aponta que os comandantes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contrários ao golpe, enquanto Garnier se colocou à disposição para cumprir as ordens de Bolsonaro. Isso gerou pressão sobre os demais setores militares para aderirem ao plano de abolição do Estado Democrático de Direito. As mensagens trocadas entre os investigados mostram a influência do almirante Garnier na tentativa de persuadir outros oficiais a aderirem ao golpe.

A defesa de Garnier emitiu uma nota negando as acusações e reiterando a inocência do almirante. No entanto, os elementos de prova apresentados no relatório parecem ser convincentes em relação à participação dele no suposto golpe. A adesão de Garnier ao plano teria sido fundamental para fortalecer a organização criminosa por trás da conspiração.

O documento da PF suscitou debates sobre a fragilidade da democracia no Brasil e a influência das Forças Armadas na política. A adesão de um alto comandante militar a um plano de golpe de Estado levantou questões sobre a lealdade das instituições militares ao Estado Democrático de Direito. O caso continua sendo investigado e novos desdobramentos são aguardados para esclarecer detalhes adicionais sobre o envolvimento de Garnier e dos demais indiciados.

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