Bolsonaro e outros réus, em princípio, não têm direito a recorrer ao plenário completo do STF, que é formado por 11 ministros. Para isso, seria necessário que ao menos dois votos fossem a favor da absolvição, configurando um placar de 3 a 2 no julgamento anterior. No entanto, o resultado foi de 4 a 1 pela condenação, o que não permite o recurso de embargos infringentes.
Apesar disso, as defesas planejam argumentar que existem novas possibilidades de recursos contra as condenações, decisão esta que caberá a Alexandre de Moraes. A partir de quarta-feira (19), haverá um período de 15 dias para protocolar embargos infringentes. Outros recursos, como embargos de declaração, já foram rejeitados recentemente, mas podem ser optados novamente.
Bolsonaro encontra-se atualmente em prisão cautelar, relacionada a investigações de um inquérito sobre ações tarifárias dos Estados Unidos contra o Brasil. Caso Moraes decrete sua prisão definitiva pela ação penal, ele poderá cumprir pena na Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial na Polícia Federal. Há ainda a possibilidade de a defesa solicitar prisão domiciliar, citando motivos de saúde, similar ao que ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor.
Além de Bolsonaro, outros altos escalões da política brasileira, como o ex-ministro Walter Braga Netto, e líderes militares, como Almir Garnier e Anderson Torres, tiveram seus recursos pelo Supremo rejeitados. Já Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, aceitou delação premiada e cumpre pena em regime aberto.









