Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a defesa da democracia, justiça social e direitos humanos, sendo lembrado pelas seccionais da OAB em notas de pesar. Natural de Maceió, Lavenère era membro vitalício do Conselho Federal da Ordem.
Além do papel fundamental no pedido de impeachment de Collor, Marcello Lavenère foi presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça no período de 2003 a 2007, dedicando-se à análise e reparação às vítimas da ditadura militar, atuando incansavelmente pelos direitos dos perseguidos políticos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou homenagem ao jurista, ressaltando sua atuação em defesa da democracia, justiça social e na luta pelas reparações às vítimas da ditadura. Lula expressou seus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos, colegas e admiradores de Lavenère.
No campo acadêmico, Marcello Lavenère foi professor na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na Universidade de Brasília (UnB) e na Escola Superior do Ministério Público. Ele deixou esposa, 6 filhos, 15 netos e 7 bisnetos. O velório e cremação serão realizados na segunda-feira (13) em Brasília.
A morte de Marcello Lavenère Machado representa uma perda significativa para o meio jurídico e para a luta pelos direitos humanos no Brasil. Seu legado de defensor da democracia e dos direitos fundamentais seguirá vivo nas memórias daqueles que o admiraram e foram impactados por seu trabalho incansável em prol da justiça e da igualdade.