Durante sua participação no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, Lula enfatizou que o agronegócio brasileiro continuará crescendo e causando impacto, mesmo diante das críticas e dos questionamentos vindos da França. Ele ressaltou que o acordo Mercosul-UE é uma questão de longa data, negociada desde 1999, e que sua concretização é uma prioridade para ele.
O presidente brasileiro tem criticado o protecionismo europeu, especialmente vindo da França, que enfrenta pressão de seus produtores agrícolas. Lula deixou claro que, independentemente da resistência dos franceses, o acordo seguirá adiante, e ele pretende assiná-lo ainda este ano para encerrar esse capítulo em sua agenda política.
Recentemente, o Carrefour na França anunciou o fim do boicote aos produtos sul-americanos depois das críticas recebidas e das repercussões negativas do movimento. A polêmica em torno da qualidade da carne brasileira e das normas de produção adotadas pelo país foi dissipada após esclarecimentos e retratações por parte dos envolvidos.
Além do acordo Mercosul-UE, Lula também expressou seu interesse em expandir o comércio do Brasil com outros países, como a China e a Índia. Ele enfatizou a importância de explorar novas parcerias em mercados ascendentes e ressaltou a busca por investimentos e oportunidades de negócios em diferentes setores, visando impulsionar o desenvolvimento do país.
A Cúpula do Mercosul, que ocorrerá em Montevidéu, no Uruguai, nos dias 5 e 6 de dezembro, será um momento crucial para o anúncio do tratado de livre comércio entre os dois blocos. Lula estará presente no evento, reforçando o compromisso do Brasil com o fortalecimento das relações comerciais internacionais e a busca por parcerias estratégicas que impulsionem o crescimento econômico do país.