Dentre os pontos destacados pelo presidente, está a manutenção dos interesses do Mercosul em compras governamentais, o que permitirá a implementação de políticas públicas nas áreas de saúde, agricultura familiar e ciência e tecnologia. Além disso, houve um alongamento do calendário de abertura do mercado automotivo, preservando a capacidade de fomento do setor industrial. Lula também enfatizou a criação de mecanismos para evitar a retirada unilateral de concessões alcançadas durante as negociações.
Mesmo com a confirmação do acordo, é necessário que cada país-membro dos blocos o ratifique internamente. Durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevideu, no Uruguai, Lula comemorou o desfecho das negociações, destacando a abertura de novos mercados para exportações e o fortalecimento dos fluxos de investimentos para o Brasil.
Os ajustes feitos no acordo em relação às negociações de 2019 refletem o novo contexto político e econômico, marcado pela experiência da pandemia, a crise climática e tensões geopolíticas. A renegociação buscou tornar o acordo mais favorável aos interesses brasileiros, com destaque para compras governamentais, comércio de veículos e exportação de minerais críticos.
O texto final do acordo reforça o compromisso do Mercosul e da União Europeia com os Acordos de Paris, reconhecendo as credenciais ambientais da região. Além disso, traz benefícios mútuos, permitindo o aumento do comércio e dos investimentos bilaterais, conciliando o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade.
Com mais de 700 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto de US$ 22 bilhões, o acordo entre Mercosul e UE promete promover a integração de cadeias produtivas para avançar rumo à descarbonização da economia, estimulando o comércio de produtos sustentáveis e oferecendo cooperação mútua para a implementação do acordo.