Policial suspeito de lavar dinheiro para o PCC é solto pela Justiça Federal, enquanto ex-segurança de governador também é liberado.



O policial civil Cyllas Salerno Elia Junior, preso por suspeita de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), foi solto após decisão da Justiça Federal, conforme informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Apesar de ter sido liberado, ele permanece afastado de suas funções e enfrenta um procedimento na Corregedoria da Polícia Civil.

A prisão de Cyllas ocorreu em 26 de novembro durante a Operação Tai-Pan, realizada pela Polícia Federal para combater crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos. A investigação revelou um sofisticado sistema bancário ilegal que operava no Brasil e em vários países ao redor do mundo, com destaque para Hong Kong e China, para onde a maior parte dos recursos era enviada.

O policial, que atuava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi mencionado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil como sócio de lideranças do PCC, Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Rafael Maeda Pires, o Japa, no 2Go Bank. Ambos são figuras importantes na facção criminosa.

Cara Preta, que foi assassinado em dezembro de 2021, e Japa, encontrado morto em maio de 2023, são exemplos das violentas disputas internas e execuções ligadas ao PCC. Vinícius Gritzbach, apontado como mandante de um dos crimes, também teve sua vida ameaçada pela facção por alegações de desvio de recursos.

Além de Cyllas, o capitão Diogo Costa Cangerana, também envolvido no esquema de lavagem de dinheiro da Operação Tai Pan, foi recentemente liberado pela Justiça Federal. Cangerana, que atuava como segurança do governador Tarcísio de Freitas, agora cumpre expediente administrativo na Diretoria de Logística da PM, após sua liberação.

As investigações em curso demonstram a complexidade e a gravidade das atividades criminosas relacionadas ao PCC e a conexão de alguns agentes públicos com essas práticas ilícitas. A soltura dos acusados não encerra o caso, mas abre espaço para novos desdobramentos e aprofundamento das investigações sobre lavagem de dinheiro e atividades criminosas no país.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo