Policial que matou menina Ágatha Félix é absolvido em julgamento polêmico no Rio de Janeiro, afirmações de testemunhas geram controvérsias sobre a versão apresentada.

No dia 9 de novembro de 2024, o 1º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro absolveu o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ser o autor do disparo que resultou na tragédia que vitimou a menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos, em setembro de 2019. O trágico incidente ocorreu enquanto Ágatha e sua mãe, Vanessa Francisco Sales, retornavam para casa em uma kombi na comunidade da Fazendinha, localizada no Complexo do Alemão, uma das áreas mais afetadas pela violência urbana na capital fluminense.

O julgamento, que começou na tarde de 8 de novembro e se estendeu por mais de 12 horas, culminou na madrugada do dia seguinte. A decisão do júri, composto por cinco homens e duas mulheres, foi baseada na conclusão de que o policial não teve a intenção de matar ao efetuar o disparo. Presidido pelo juiz Cariel Patriota, o tribunal ouviu diversas testemunhas, incluindo policiais que atuaram ao lado de Soares no momento do incidente, bem como a mãe da vítima e um motorista que estava presente.

Durante o processo, os policiais de defesa alegaram que estavam reagindo a uma suposta troca de tiros com criminosos que estavam em uma motocicleta. No entanto, essa versão foi fortemente contestada pelas testemunhas de acusação, que afirmaram não ter havido confronto, e a investigação da Polícia Civil corroborou essa afirmação, apontando que não havia outros armados além dos policiais no local. A conclusão da investigação sugere que dois homens que transportavam esquadria de alumínio foram indevidamente confundidos com bandidos.

A decisão do júri gerou um clamor público e críticas, especialmente da família de Ágatha. O avô da menina expressou sua indignação ao deixar o tribunal, ressaltando a dor da perda e ressaltando a necessidade de justiça. A absolvição do policial levantou questões sobre a abordagem da segurança pública nas comunidades, especialmente a prática de operações policiais em áreas vulneráveis, e gerou um intenso debate sobre a responsabilidade dos agentes de segurança e as vidas que são impactadas por suas ações.

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