Segundo a delegada, o militar não tinha conhecimento dos assassinatos em série cometidos pelo seu filho, mas emprestava a arma – uma pistola .380 – para que ele pudesse se proteger, considerando que já havia sido vítima de assaltos anteriormente durante o trajeto para a igreja.
A arma emprestada foi fundamental para rastrear a quantidade de homicídios cometidos. Até o momento, foram identificados dez homicídios cometidos pelo serial killer, que confessou oito desses crimes.
Durante os depoimentos à polícia, o assassino em série revelou que realizava um trabalho de “inteligência” antes de executar suas vítimas. Ele monitorava as redes sociais das pessoas escolhidas sem motivo aparente, a fim de conhecer a rotina de cada uma e determinar o melhor momento para atacar.
Os crimes eram sempre cometidos à noite, a partir das 23 horas, em locais estratégicos sem movimento e sem câmeras de segurança. O serial killer utilizava roupas escuras, máscara facial e boné para dificultar a identificação, disparando três ou quatro tiros na cabeça das vítimas.
O assassino não demonstrou nenhum arrependimento durante os depoimentos, afirmando que as vítimas eram uma espécie de “câncer” da sociedade que ele, como justiceiro e missionário, precisava eliminar.
Com o serial killer preso desde setembro, a polícia agora investiga o seu envolvimento em outros crimes ocorridos na região onde ele morava. A delegada mencionou que seis inquéritos serão reabertos para verificar se os homicídios têm ligação com Albino Santos.
No decorrer da investigação, a polícia descobriu um calendário virtual onde o suspeito marcava os homicídios realizados. Além disso, foram encontradas fotos de outras pessoas que poderiam ser as próximas vítimas do criminoso.
A polícia destaca a importância da colaboração da população para resolver esses crimes. Foi a partir da divulgação de um vídeo em que o serial killer aparecia matando uma jovem que a polícia recebeu informações que levaram à sua captura, estabelecendo-o como o maior assassino em série da história de Alagoas.