De acordo com as informações levantadas durante as investigações, Soares atuava na segurança do hotel Meliá, onde a equipe de transição de Lula estava hospedada. Foi constatado que ele repassava estas informações sensíveis a membros do governo Bolsonaro e a outros alvos da operação em curso. Em uma troca de mensagens com Sérgio Cordeiro, assessor especial de Bolsonaro, Soares mencionou que uma equipe do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal havia sido enviada ao hotel, após apoiadores do atual presidente tentarem invadir a sede da PF em dezembro de 2022.
Além disso, Soares também foi implicado no planejamento de um atentado contra o presidente eleito à época. A ação do policial federal colocou em risco a integridade da operação de transição de governo e a segurança do novo presidente. A prisão de Waldimir Matos Soares é um desdobramento de uma investigação mais ampla que busca verificar possíveis tentativas de desestabilização do governo recém-eleito.
Este caso levanta questões sobre a segurança e a confiabilidade dos agentes públicos responsáveis pela proteção de figuras políticas de alto escalão no Brasil. A conduta de Soares evidencia a vulnerabilidade das informações sensíveis e a necessidade de medidas mais rígidas de controle e monitoramento para prevenir a escalada de situações como estas no futuro. É fundamental que haja uma investigação aprofundada e transparente para esclarecer todos os fatos envolvidos neste caso.