Josias João do Nascimento seria o chefe de Frederick Barbieri, conhecido como o Senhor das Armas, que já foi condenado por tráfico internacional de armas nos Estados Unidos. A Polícia Federal descobriu que a organização criminosa movimentou pelo menos R$ 50 milhões, lavando dinheiro do tráfico de armas através da compra de imóveis e bens de luxo, utilizando empresas de fachada e laranjas para ocultar a origem dos valores.
A operação realizou 14 mandados de busca e apreensão em áreas de alto padrão na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da Operação Senhor das Armas, que em 2017 apreendeu 60 fuzis no Aeroporto do Galeão e já apontava para o fluxo contínuo de armas de guerra vindo de Miami.
Os integrantes da organização responderão por tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e corrupção passiva. O nome da operação faz referência ao método utilizado pelo grupo para movimentar grandes quantidades de dinheiro em espécie de forma discreta.
A descoberta do verdadeiro líder do esquema de envio de armas para o Comando Vermelho revela a complexidade e sofisticação do crime organizado, que utiliza métodos elaborados para escapar da fiscalização e das autoridades. A investigação da Polícia Federal continua avançando para desmantelar esse tipo de esquema e evitar que novas armas de guerra cheguem às mãos de facções criminosas no Brasil.