Em novembro do ano passado, durante a Operação Tai-Pan da Polícia Federal, que visava combater crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos, Cyllas foi preso e posteriormente solto em janeiro de 2025 por decisão da Justiça Federal. Naquele momento, ele foi afastado de suas funções enquanto respondia a um procedimento na Corregedoria da Polícia Civil.
O policial, que atuava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi mencionado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil como sócio de Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e de Rafael Maeda Pires, o Japa, na 2Go Bank. Ambos são apontados como importantes lideranças do PCC. Essas revelações surgiram oito dias antes de Gritzbach ser assassinado ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos.
A Operação Hydra, realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Federal (PF), mira nas atividades das fintechs 2Go Bank e Invbank e tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa. Esta operação foi desencadeada após a delação de Gritzbach, jurado de morte pelo PCC, que desvendou a atuação das fintechs no branqueamento de bens e valores oriundos de atividades criminosas. Na terça-feira, a PF e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão em diversas cidades da região metropolitana de São Paulo.
Em resumo, a prisão de Cyllas Salerno Elia Júnior durante a Operação Hydra expõe mais um capítulo na investigação das atividades ilícitas envolvendo as fintechs 2Go Bank e Invbank e sua relação com o Primeiro Comando da Capital, demonstrando a complexidade das ações criminosas e o esforço das autoridades em desmantelar essas atividades ilegais.
