As investigações conduzidas pelo MPAL em colaboração com a Polícia Federal revelaram uma ligação direta entre o policial civil e o crime em questão. Diversos elementos de prova, como movimentações bancárias no dia do homicídio, registros de ligações telefônicas e dados de geolocalização, apontam para a comunicação entre o agente e os demais envolvidos no processo.
Além do policial civil, outros três homens – identificados como F.J.S., E.E.L. e J.M.L.S. – foram denunciados pelo MPAL pela morte de Kleber Malaquias e irão a júri popular no dia 19 de setembro. O crime, que aconteceu há mais de quatro anos, foi cometido em Rio Largo e o julgamento está marcado para ocorrer no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió.
De acordo com a denúncia, F.J.S. teria sido o responsável pela execução do crime, enquanto J.M.L.S. e E.E.L. teriam sido cúmplices. O Ministério Público pede a condenação dos três acusados por homicídio duplamente qualificado, alegando a impossibilidade de defesa da vítima e o fato de o crime ter sido cometido mediante promessa de recompensa.
Kleber Malaquias era conhecido nacionalmente por suas denúncias envolvendo crimes cometidos por políticos e outras autoridades. De acordo com as investigações do MPAL, essa teria sido a motivação por trás do homicídio, que foi cuidadosamente planejado, envolvendo até a adulteração de placas de veículos e a habilitação de linhas telefônicas para ocultar a comunicação entre os envolvidos.