Em meio a diversas ocasiões, Contreras não foi notificado de decisões judiciais e intimações por estar em local desconhecido. Em abril deste ano, um oficial de Justiça tentou entregar um edital de citação, porém foi informado de que o policial não morava mais no endereço registrado, na Vila Heliópolis.
A Corregedoria de Polícia Civil informou que desde 2023, o destino de Contreras é desconhecido, após sua primeira demissão em um processo administrativo disciplinar. Convocado para prestar esclarecimentos na 4ª Delegacia da Divisão de Crimes Funcionais, o policial também não compareceu.
O peculato, crime praticado por um servidor contra a administração pública, consiste na apropriação indevida de dinheiro ou outros bens móveis de que o servidor tem posse em razão do cargo. Contreras, atuando como escrivão do 8º DP, era responsável por recolher e destinar corretamente o material apreendido, ficando com os valores indevidamente.
No processo administrativo aberto pela Corregedoria em outubro de 2023, o policial é acusado de apropriar-se de R$137 apreendidos com um traficante. Condenado a dois anos de prisão e acumulando outras sentenças por peculato desde 2020, Contreras foi demitido três vezes por Derrite, sendo a última demissão em dezembro de 2024.
As decisões de demissão ficam suspensas enquanto a primeira prevalecer, mas em caso de reversão por decisão judicial, uma nova demissão entra em vigor, impedindo o agente de reassumir o cargo. O policial já teve 30 ações penais por peculato abertas contra ele, demonstrando um histórico reincidente de apropriação indevida de dinheiro apreendido.