O caso ocorreu em 2016, quando Paulo Sérgio, juntamente com outros dois policiais civis, foram detidos por policiais militares sob a acusação de exigir propina de comerciantes que vendiam cigarros contrabandeados durante uma operação policial. A denúncia apontava que os policiais estavam pedindo o pagamento de um salário mínimo para evitar a condução dos comerciantes à delegacia. Uma das vítimas acionou a Polícia Militar, que efetuou a prisão em flagrante.
Após serem libertados mediante o pagamento de fiança, os policiais foram investigados e condenados a uma pena de três anos, sete meses e dezesseis dias de reclusão, cumprida no regime semiaberto. Durante esse período, eles permaneceram na polícia e continuaram recebendo salários.
Paulo Sérgio sempre negou a ilegalidade da cobrança, alegando que o valor solicitado era referente à fiança. No entanto, em 2023, seus colegas de crime entraram com um recurso alegando perseguição por parte da Polícia Militar, mas a Justiça não acatou a argumentação e o último recurso foi julgado desfavorável aos réus em fevereiro de 2024.
Paralelamente ao processo criminal, os três policiais enfrentaram um processo administrativo para decidir o futuro na corporação, sendo que Paulo Sérgio foi suspenso em 2020 e só poderia retornar após o trânsito em julgado. Agora, com a determinação do governador, ele foi afastado definitivamente do cargo, enquanto seus ex-parceiros ainda permanecem na Polícia.
O Metrópoles tentou contato com a defesa dos policiais, mas até o momento da publicação desta reportagem, não obteve retorno. O caso permanece em aberto e novos desdobramentos poderão surgir.