De acordo com os achados do inquérito, Gabriel foi atingido por um disparo acidental e, no ato da perseguição, estava sem armas. A análise das circunstâncias do ocorrido indicou que as ações dos policiais visavam forjar um suposto cenário de legítima defesa, o que acabou resultando em um indiciamento formal. A prática de tentar alterar a cena do crime e a evidência de que o jovem estava desarmado caracterizam um grave desvio de conduta, trazendo à tona questões sobre a responsabilidade no uso da força por agentes de segurança pública.
Como consequência direta de suas ações, dois dos policiais envolvidos foram afastados de suas funções enquanto as investigações prosseguem. O inquérito completo será encaminhado ao Ministério Público, que se encarregará de analisar as denúncias e tomar as medidas legais apropriadas. Este caso ressalta não somente a importância de uma investigação minuciosa em casos de abuso de autoridade, mas também a necessidade urgente de discutir a formação e a ética no comportamento policial, especialmente em operações que envolvem a vida de cidadãos.
Este episódio levanta questões sobre a transparência dentro das forças de segurança e a confiança da população nas instituições encarregadas de protegê-la. O desvio de conduta por parte de agentes que deveriam garantir a segurança provoca um abalo na relação entre a polícia e a comunidade, essencial para a manutenção da ordem e justiça. A sociedade aguarda, portanto, a responsabilidade e as ações corretivas que devem ser aplicadas a todos os envolvidos.