Policiais da Rota teriam atuado em parceria com PCC, frustrando operações do Ministério Público de SP, aponta investigação.



Nesta semana, uma grave denúncia envolvendo policiais da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, veio à tona. Segundo informações apuradas, os policiais teriam atuado em parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC) na zona leste da cidade, repassando informações sigilosas e atrapalhando operações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra lideranças da facção criminosa.

Um dos principais alvos dessa parceria seria Silvio Luiz Ferreira, conhecido como “Cebola”, apontado como “sintonia geral do progresso” e suspeito de ser o mandante do assassinato de Vinícius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos. A conduta dos policiais da Rota está sendo investigada no mesmo inquérito que levou à prisão de 15 policiais suspeitos de envolvimento no crime, incluindo o cabo Dênis Antonio Martins, apontado como um dos atiradores.

Antes do assassinato, o Ministério Público de São Paulo tinha planos de agir contra Cebola, porém informações repassadas por policiais do setor de inteligência da Rota permitiram a sua fuga. O Gaeco foi informado por Gritzbach sobre uma reunião da cúpula do PCC na casa de um advogado, mas quando a polícia se dirigiu ao local, os suspeitos já haviam sido alertados. Mais tarde, descobriu-se que os policiais estavam trabalhando em prol da facção.

Além disso, o tenente Giovanni de Oliveira Garcia, responsável por designar policiais para segurança particular de Gritzbach, e outros quatro PMs faziam parte da lista de presos na operação da Corregedoria da Polícia Militar. A investigação aponta que o homicídio de Gritzbach teria sido orquestrado pelo PCC, especialmente após desentendimentos financeiros entre Gritzbach e membros da facção.

Em um desenrolar surpreendente, meses depois do assassinato, Gritzbach foi sequestrado e submetido a um tribunal do crime. Ele foi libertado mediante promessas de recuperar investimentos do PCC. O caso continua sendo investigado, e mais detalhes sobre a possível ligação entre policiais e facção criminosa estão emergindo aos poucos.

Por fim, a prisão de seis policiais civis citados por Gritzbach, que teriam tentado extorqui-lo, também chamou atenção. A Polícia Federal segue investigando o caso, que revela uma intricada rede de corrupção e crime envolvendo diferentes instituições policiais e facções criminosas em São Paulo.

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