Um dos principais alvos dessa parceria seria Silvio Luiz Ferreira, conhecido como “Cebola”, apontado como “sintonia geral do progresso” e suspeito de ser o mandante do assassinato de Vinícius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos. A conduta dos policiais da Rota está sendo investigada no mesmo inquérito que levou à prisão de 15 policiais suspeitos de envolvimento no crime, incluindo o cabo Dênis Antonio Martins, apontado como um dos atiradores.
Antes do assassinato, o Ministério Público de São Paulo tinha planos de agir contra Cebola, porém informações repassadas por policiais do setor de inteligência da Rota permitiram a sua fuga. O Gaeco foi informado por Gritzbach sobre uma reunião da cúpula do PCC na casa de um advogado, mas quando a polícia se dirigiu ao local, os suspeitos já haviam sido alertados. Mais tarde, descobriu-se que os policiais estavam trabalhando em prol da facção.
Além disso, o tenente Giovanni de Oliveira Garcia, responsável por designar policiais para segurança particular de Gritzbach, e outros quatro PMs faziam parte da lista de presos na operação da Corregedoria da Polícia Militar. A investigação aponta que o homicídio de Gritzbach teria sido orquestrado pelo PCC, especialmente após desentendimentos financeiros entre Gritzbach e membros da facção.
Em um desenrolar surpreendente, meses depois do assassinato, Gritzbach foi sequestrado e submetido a um tribunal do crime. Ele foi libertado mediante promessas de recuperar investimentos do PCC. O caso continua sendo investigado, e mais detalhes sobre a possível ligação entre policiais e facção criminosa estão emergindo aos poucos.
Por fim, a prisão de seis policiais civis citados por Gritzbach, que teriam tentado extorqui-lo, também chamou atenção. A Polícia Federal segue investigando o caso, que revela uma intricada rede de corrupção e crime envolvendo diferentes instituições policiais e facções criminosas em São Paulo.