Policiais Civis do DF se mobilizam para Assembleia sobre reajuste salarial proposto pelo governo federal na próxima quarta-feira; insatisfação com a paridade continua.

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o próximo dia 3 de setembro. O evento ocorrerá no Teatro UNIP Brasília, localizado na SGAS 913, Asa Sul, com início marcado para as 14h e uma segunda chamada às 14h30. A reunião tem como principal objetivo discutir a proposta apresentada pelo governo federal a respeito do reajuste salarial da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A convocação ressalta a importância da participação de todos os policiais civis, destacando que decisões significativas estão em jogo. A assembleia é um espaço crucial para que a categoria possa debater sua valorização e reconhecimento, especialmente em um contexto onde a proposta do governo não atende às expectativas do sindicato.

No último dia 22 de agosto, durante uma negociação com o Ministério da Gestão e Inovação, a proposta de paridade salarial entre a PCDF e a Polícia Federal (PF) foi rejeitada. Enoque Venancio de Freitas, presidente do Sinpol-DF, expressou seu descontentamento com o resultado da reunião. Ele qualificou a proposta deles de “frustrante” e questionou o destino dos recursos que já foram reservados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para esse reajuste, afirmando que a luta pela justiça salarial continuará.

O governo federal propôs um reajuste de 18%, dividido em duas parcelas — uma a ser paga em setembro de 2025 e outra em abril de 2026, o que foi considerado insuficiente pela categoria. As discussões em busca de uma equiparação salarial têm sido longas e complexas, com a polícia civil argumentando sobre as disparidades salariais que existem entre os dois órgãos. Um exemplo dessa desigualdade é que um delegado/perito especial da PCDF recebe R$ 7 mil a menos do que seu equivalente na PF, revelando uma das maiores lacunas salariais entre as corporações.

Em meio a essas negociações, o governador Ibaneis Rocha (MDB) já havia discutido a equiparação salarial com o governo federal, que é responsável pelos salários das forças de segurança da capital, apoiando a busca por melhorias na remuneração. O governador manifestou publicamente sua disposição de buscar ajuda diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se necessário.

A mediação das negociações salariais conta também com a participação de deputados distritais e federais, além de representantes das polícias Civil e Militar, demonstrando a relevância e a complexidade do debate sobre a valorização dos profissionais da segurança pública no Distrito Federal.

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