O motivo principal da paralisação é a luta pela equiparação salarial dos policiais civis de Alagoas. Atualmente, os profissionais cumprem uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, mas não houve um reajuste financeiro condizente com o aumento da carga horária. A única forma de conseguir um aumento foi por meio de ações judiciais individuais, o que demonstra a necessidade de uma ação mais ampla por parte do governo.
As negociações entre o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e o Governo do Estado duram há dois anos. Diversas reuniões foram realizadas com o governador Paulo Dantas, a Secretaria de Planejamento e Gestão, a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria Geral do Estado, mas até o momento não houve avanços concretos na equiparação salarial almejada pela categoria.
Após a paralisação, a Polícia Civil iniciará a Operação no Ritmo do Acordo, que impõe algumas restrições temporárias. Durante esse período, os procedimentos só poderão ser realizados mediante Ordem de Missão (OM) e com equipamentos em boas condições de uso. Além disso, será necessária a presença de pelo menos um Delegado de Polícia da região correspondente para realizar diligências, e nenhum agente deverá proceder sozinho.
Com a paralisação e a realização do ato público em frente à Central de Flagrantes, os policiais civis de Alagoas esperam sensibilizar as autoridades e conseguir avanços nas negociações pelo aumento salarial. A comunidade aguarda por um desfecho positivo que beneficie esses profissionais tão importantes para a segurança do estado.