As autoridades italianas estão cientes de onde a deputada se encontra, mas alegam que questões burocráticas ainda precisam ser resolvidas antes que qualquer ação efetiva possa ser tomada. Este cenário tem gerado expectativas na Polícia Federal do Brasil, que trabalha para garantir a extradição da deputada até o fim desta semana. O embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, também confirmou que as autoridades romanas aceitaram o pedido de extradição, embora apontem que a legislação local pode apresentar barreiras à prisão imediata de Zambelli.
A deputada, que é alvo de processos relacionados à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vem enfrentando uma queda acentuada em sua situação política e financeira. No dia seguinte à formalização do pedido de extradição, a Câmara dos Deputados decidiu bloquear seu salário, um reflexo da gravidade das acusações que pesam sobre sua conduta.
Se extraditada, Zambelli será responsabilizada por suas ações e poderá enfrentar uma sentença de até dez anos de prisão, uma realidade que se torna cada vez mais iminente à medida que as autoridades brasileiras e italianas colaboram na busca por justiça.
O desenrolar dessa situação poderá impactar não apenas a vida pessoal da parlamentar, mas também reverberar no cenário político brasileiro, onde sua atuação já estava sob intensa observação. A possibilidade de seu retorno ao Brasil gera discussões acaloradas sobre o futuro político de Zambelli e sobre a integridade das instituições brasileiras.
A sociedade acompanha atentamente esse caso, que coloca em evidência a eficácia dos acordos internacionais de extradição e a capacidade do sistema judiciário em lidar com casos complexos envolvendo figuras públicas.