De acordo com informações da Chefia Geral de Inteligência Integrada da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, que conduziram a operação com o auxílio do 2º Distrito Policial (DP), a mulher teria causado um prejuízo superior a R$ 500 mil às suas vítimas. A delegada Luci Mônica, titular do 2º DP, revelou detalhes do esquema: a suspeita se passava por uma corretora credenciada, oferecendo serviços de aluguel e compra e venda de imóveis que jamais se concretizavam, apropriando-se dos valores pagos pelas vítimas.
Os relatos indicam que os golpes foram sistematicamente aplicados desde 2019, resultando em ao menos cinco boletins de ocorrência registrados em diversos bairros de Maceió. A mais recente denúncia foi formalizada em janeiro deste ano. Investigações adicionais revelaram que a mulher teve seu registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-AL) há aproximadamente seis anos, devido a comportamentos suspeitos.
Proveniente de Belém (PA), a acusada já possuía um mandado de prisão preventiva expedido pela 14ª Vara Criminal da Capital, sob acusação de estelionato, de acordo com o Artigo 171 do Código Penal Brasileiro. Após sua captura, a mulher prestou depoimento no 2º DP na Jatiúca, sendo posteriormente transferida para a Central de Flagrantes no Tabuleiro do Martins, onde esperará a realização de uma audiência de custódia.
A delegada Luci Mônica aproveitou a ocasião para alertar a população sobre a importância de realizar transações imobiliárias apenas com profissionais credenciados pelo Creci-AL, reforçando que a escolha inadequada pode resultar em prejuízos consideráveis. Ela destacou a integridade de muitos corretores e incentivou o público a denunciar práticas suspeitas às autoridades competentes.