No último ano, foram realizadas mais de 3 mil ações de fiscalização pelo governo federal, resultando em apreensões de ouro, madeira e outros minerais extraídos ilegalmente. O uso de tecnologia avançada, como identificação forense de ouro e monitoramento por satélite, tem sido fundamental para desmantelar as cadeias criminosas envolvidas na exploração ilegal de recursos naturais.
Um dos destaques do Plano AMAS é o Projeto Ouro Alvo, que possibilita identificar a origem do ouro comercializado e diferenciar o material ilegal do lícito. Segundo Renato Madsen, coordenador-geral de Proteção da Amazônia, Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico e Cultural da PF, a análise forense do ouro ajuda a rastrear sua procedência e desmantelar esquemas de lavagem de minério ilegal.
Além disso, o uso de satélites e aeronaves tem sido essencial para monitorar e combater crimes ambientais de forma mais ágil. Antes, era necessário realizar sobrevoos com helicópteros para identificar desmatamentos, mas agora, as imagens de alta resolução permitem detectar áreas de destruição em tempo real e planejar ações mais eficazes.
As investigações da PF apontam também para a interligação entre tráfico de drogas e crimes ambientais na região amazônica. Facções criminosas utilizam as mesmas rotas clandestinas para escoar ouro, madeira e drogas, fortalecendo suas operações na região. A presença das organizações criminosas cresceu 46% em cidades da Amazônia entre 2023 e 2024, evidenciando a gravidade da situação.
Diante desse cenário, o combate ao crime organizado na Amazônia torna-se uma missão urgente, exigindo ações coordenadas e eficazes por parte das autoridades competentes. O Plano AMAS se apresenta como uma importante ferramenta nesse enfrentamento, promovendo a proteção da floresta e a preservação dos recursos naturais da região.









