Os especialistas compararam a assinatura presente no documento falso de Marçal com registros antigos do médico José Roberto de Souza, que faleceu em 2022 devido à COVID-19. A própria maneira como a assinatura foi feita diferia intensamente das assinaturas reais do médico, o que levou à conclusão de que o laudo era forjado.
O laudo pericial, assinado por três peritos da Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Instituto de Criminalística de São Paulo, afirmou de forma categórica que a imagem da assinatura de José Roberto de Souza no laudo era falsa. A análise minuciosa realizada durante a madrugada confirmou que as características gráficas da assinatura não condiziam com os padrões de confronto observados nos documentos legítimos do médico.
Após a revelação da fraude, a Justiça Eleitoral ordenou a remoção da publicação contendo o laudo falso e, posteriormente, suspendeu as redes sociais de Marçal. No entanto, o pedido de prisão preventiva do empresário, solicitado pela campanha de Boulos, foi negado.
Além da acusação relacionada ao uso de cocaína, o laudo falso também mencionava que Boulos teria sido submetido a um tratamento médico devido a um surto psicótico desencadeado pela droga. Essa tentativa de difamação, baseada em informações falsas, representa um grave ataque à imagem e integridade do candidato do PSOL.
Em meio às polêmicas eleitorais, a verdade e a ética no processo político tornam-se ainda mais cruciais para a manutenção da democracia e da transparência. É fundamental que os responsáveis pela disseminação de informações enganosas sejam responsabilizados perante a lei, a fim de preservar a lisura do pleito eleitoral.