A PF analisou as publicações veiculadas nos novos perfis e identificou “indícios substanciais que apontam para a persistência na transgressão das ordens judiciais impostas”. O delegado ressaltou que a criação dos novos perfis configura um “artifício ilícito” utilizado para produzir e disseminar conteúdo proibido, caracterizando, segundo ele, o crime de desobediência.
Vale lembrar que as contas de Monark foram suspensas em junho do ano passado, depois que ele levantou suspeitas sobre a transparência das urnas e questionou o interesse do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em “manipular” as eleições. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, defendeu a medida como necessária para interromper a divulgação de discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática.
Além disso, o influenciador chegou a ser multado em R$ 300 mil após criar novas contas nas redes sociais, desrespeitando a restrição judicial. Em depoimento à PF, Monark afirmou que “não recebeu nada oficial informando que não poderia mais criar canais ou falar algo na internet” e que, mesmo que tivesse sido notificado da decisão, não teria cumprido, pois consideraria inconstitucional.
Diante das conclusões da PF, o influenciador não se manifestou sobre as acusações. Enquanto isso, aguarda-se a decisão do STF em relação ao relatório enviado pela Polícia Federal. A persistência de Monark em desafiar as ordens judiciais tem gerado polêmica e chamado a atenção da opinião pública, levantando debates sobre liberdade de expressão, responsabilidade nas redes sociais e os limites da atuação dos influenciadores digitais.