Polícia Federal investiga influenciador Monark por desobediência ao criar perfis nas redes sociais após determinação do STF.



A Polícia Federal (PF) divulgou recentemente que encontrou indícios de que o influenciador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, teria cometido o crime de desobediência ao criar novos perfis nas redes sociais, mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar a suspensão de suas contas devido à disseminação de desinformação sobre as eleições de 2022. Segundo o delegado Fábio Fajngold, responsável pelo relatório enviado ao STF, Monark teria agido com a “intenção deliberada de violar a determinação judicial”, utilizando os novos perfis no Instagram, Rumble, TikTok e YouTube para reproduzir conteúdo que já havia sido bloqueado por ordem judicial.

A PF analisou as publicações veiculadas nos novos perfis e identificou “indícios substanciais que apontam para a persistência na transgressão das ordens judiciais impostas”. O delegado ressaltou que a criação dos novos perfis configura um “artifício ilícito” utilizado para produzir e disseminar conteúdo proibido, caracterizando, segundo ele, o crime de desobediência.

Vale lembrar que as contas de Monark foram suspensas em junho do ano passado, depois que ele levantou suspeitas sobre a transparência das urnas e questionou o interesse do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em “manipular” as eleições. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, defendeu a medida como necessária para interromper a divulgação de discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática.

Além disso, o influenciador chegou a ser multado em R$ 300 mil após criar novas contas nas redes sociais, desrespeitando a restrição judicial. Em depoimento à PF, Monark afirmou que “não recebeu nada oficial informando que não poderia mais criar canais ou falar algo na internet” e que, mesmo que tivesse sido notificado da decisão, não teria cumprido, pois consideraria inconstitucional.

Diante das conclusões da PF, o influenciador não se manifestou sobre as acusações. Enquanto isso, aguarda-se a decisão do STF em relação ao relatório enviado pela Polícia Federal. A persistência de Monark em desafiar as ordens judiciais tem gerado polêmica e chamado a atenção da opinião pública, levantando debates sobre liberdade de expressão, responsabilidade nas redes sociais e os limites da atuação dos influenciadores digitais.

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