O processo foi motivado por uma combinação de fatores, incluindo as atividades públicas de Eduardo durante sua estadia no exterior e uma solicitação formal do deputado Guilherme Boulos, do PSOL, para que a PF investigasse seu comportamento. Boulos, apontando preocupações éticas e legais, argumentou que a atuação de Eduardo pode representar violações de conduta esperadas de um servidor público, especialmente considerando seu duplo papel como parlamentar e funcionário da PF.
É importante destacar que o andamento deste processo disciplinar não afeta diretamente o cargo de Eduardo como deputado federal. Em uma manobra estratégica, a direção do PL anunciou que ele assumirá o cargo de líder da minoria na Câmara dos Deputados, uma posição que poderia protegê-lo de uma possível perda do cargo parlamentar, que poderia surgir em decorrência de eventuais faltas ou penalidades.
De acordo com o regimento interno da Câmara, a liderança da minoria deve ser indicada pelo maior partido de oposição. Contudo, a escolha ainda precisa da confirmação do presidente da Câmara, Hugo Motta, que chamou a situação de “atípica” e se comprometeu a analisá-la cuidadosamente.
Por sua vez, Eduardo Bolsonaro tem se manifestado nas redes sociais e em entrevistas, defendendo suas ações e afirmando que está agindo de forma legítima. Ele nega quaisquer irregularidades, enfatizando que seu objetivo é assegurar a defesa de seu pai, que enfrenta uma situação legal complexa. Enquanto isso, o desenrolar do caso segue atraindo a atenção da mídia e do público, refletindo a continua polarização política no Brasil.