Desde 2022, as ações da PF já atingiram políticos de diversos partidos, como PL, União Brasil, PDT e PSB. O número de siglas envolvidas pode ser ainda maior, uma vez que existem casos sob sigilo que devem resultar em operações futuras da PF.
O ministro Flávio Dino, relator das ações que discutem a transparência das emendas, também tem autorizado inquéritos criminais sobre o tema. Ele foi responsável por autorizar a mais recente operação, chamada Emendafest, que investiga desvios de dinheiro em emendas destinadas a um hospital no Rio Grande do Sul.
Dentre as operações já realizadas, destaca-se a Odoacro, que mirou uma associação criminosa suspeita de desvio de recursos e lavagem de dinheiro envolvendo a Codevasf no Maranhão. A Benesse, terceira fase da Odoacro, foi deflagrada em 2023 e mirou pessoas próximas ao ministro das Comunicações de Lula 3, com a suspeita de desvios de emendas indicadas por ele.
Outra operação relevante foi a Emendário, que investigou o suposto desvio de emendas envolvendo três deputados do PL. As investigações resultaram em denúncias do Ministério Público e envolveram propinas para a liberação de recursos federais.
Além disso, a PF deflagrou a operação Mercato Clauso em 2024, visando garantir a lisura das eleições municipais. Esta operação deu origem à Vis Occulta, que revelou indícios de compra de votos oriundos de caixa 2, envolvendo o deputado Júnior Mano. O caso está sob análise do STF e é conduzido pelo ministro Gilmar Mendes.
Em suma, as operações da PF contra desvios em contratos públicos custeados com dinheiro de emendas têm revelado um cenário de corrupção e irregularidades envolvendo diversos políticos e partidos. O desenrolar dessas investigações e julgamentos pelo STF será crucial para garantir a transparência e a lisura nas ações do Congresso Nacional.