Segundo informações obtidas, a investigação teve início após uma denúncia encaminhada pelo Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária (Nuinp) da Coordenação Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), apontando indícios de fraude praticada por um servidor do INSS. Esse servidor estaria reabrindo processos de benefícios que haviam sido previamente negados, seja de forma administrativa ou judicial, para concedê-los de forma indevida.
Um relatório de inteligência identificou diversos benefícios suspeitos, especialmente destinados a trabalhadores rurais que não conseguiam comprovar sua atividade no campo. Em alguns casos, os benefícios foram aprovados sem um recurso administrativo, enquanto em outros foram reapresentados e concedidos pouco tempo depois da negativa inicial.
Além disso, foram detectadas situações em que valores retroativos foram gerados de maneira irregular, assim como a realização de empréstimos consignados, aumentando os lucros indevidos.
O servidor sob investigação pode ser acusado de estelionato previdenciário e inserção de informações falsas nos sistemas do INSS, entre outros crimes, com penas que podem chegar a 18 anos de prisão.
O nome da operação, Rewind, faz alusão aos retroativos gerados após as concessões fraudulentas, causando prejuízos ao INSS.