Segundo informações apuradas durante a investigação, um gerente de um banco público estaria envolvido na instrução de processos fraudulentos, incluindo a utilização de documentos falsos de imóveis rurais para viabilizar operações de crédito suspeitas. Os valores que deveriam ser destinados ao custeio da agropecuária, aquisição de animais e melhorias em propriedades rurais, acabaram sendo desviados para familiares e uma empresa ligada aos fraudadores.
Análises financeiras realizadas mostraram que os créditos não foram aplicados nos investimentos rurais previstos, e que o gerente do banco realizava transações suspeitas logo após saques das contas de laranjas, o que evidencia sua participação direta no esquema.
Como parte da operação, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Canapi, Olho D’Água das Flores, Arapiraca e Maceió. Além disso, uma decisão judicial determinou o sequestro de 16 fazendas registradas em nome de laranjas e dos investigados.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de obtenção de financiamento mediante fraude, peculato (desvio de dinheiro público) e associação criminosa. A operação segue em andamento para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos no esquema fraudulento.
Este caso demonstra mais uma vez a importância das investigações e ações da Polícia Federal no combate à corrupção e crimes financeiros, garantindo a segurança e transparência nos processos de concessão de crédito e investimentos no setor agrícola no estado de Alagoas.