As investigações conduzidas pelas delegacias 64ª (São João de Meriti) e 66ª (Piabetá) revelaram que Rodrigo possui vínculos diretos com traficantes do Complexo do Alemão, uma área dominada pelo Comando Vermelho, uma das facções mais influentes do crime organizado no Brasil. Informações obtidas por meio de mensagens trocadas entre Rodrigo e seus clientes indicam que ele estaria operando uma rede de distribuição para essas regiões, com solicitações feitas para entregas na Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A prisão ocorreu em Sorocaba, onde agentes das polícias do Rio de Janeiro e São Paulo encontraram em sua residência uma quantidade significativa de jammers: alguns já montados e outros em processo de montagem, o que sugere uma operação ativa na fabricação desses dispositivos ilegais. A equipe de investigação considera a atuação de Rodrigo um fator crucial na facilitação de atividades criminosas, como o tráfico de drogas, pois o uso de bloqueadores de sinal pode permitir que as operações se desenvolvam com mais segurança, inibindo a comunicação através de celulares.
A prisão de Rodrigo Pires Luiz representa um passo significativo das autoridades no combate ao uso de tecnologias ilegais que auxiliam na prática de crimes, especialmente em áreas de alta criminalidade. Esse tipo de operação não apenas visa desmantelar redes de fornecimento de equipamentos ilícitos, mas também desarticular a logística utilizada por facções criminosas para operar com impunidade. As investigações continuam a fim de identificar e responsabilizar outros possíveis envolvidos nesta rede de fornecimento.
