Na noite de segunda-feira, a situação se agravou, quando a polícia começou a usar granadas de efeito moral, uma estratégia frequentemente empregada para dispersar multidões. Essas ações forçaram os manifestantes a se recuar vários quarteirões, embora muitos deles não tenham se dispersado completamente. Os relatos indicam que, mesmo sob pressão, os ativistas continuaram a demonstrar sua oposição.
Esses movimentos surgem em meio a anúncios de possíveis cortes no financiamento federal ao estado da Califórnia, o que aumenta a tensão entre o governo federal e os residentes locais, particularmente das comunidades de imigrantes. Para piorar a situação, a Casa Branca anunciou o envio de 2 mil soldados da Guarda Nacional à cidade, uma medida que foi recebida com desconfiança e temor por muitos.
As manifestações têm atraído a atenção não apenas da mídia, mas também de grupos de direitos civis que pedem uma reavaliação das políticas de imigração atuais, considerando que muitas pessoas afetadas são aquelas que buscam uma vida melhor e mais segura nos Estados Unidos. O clima polarizado em torno do tema da imigração continua a crescer e se alimentar de descontentamentos sociais e econômicos, refletindo uma nação cada vez mais dividida em torno de questões de direitos humanos e justiça social.
Os protestos de Los Angeles estão longe de ser uma resposta isolada e representam um movimento mais amplo que ocorre em várias cidades dos EUA, onde a indignação contra as políticas de imigração e o tratamento dos imigrantes tem ecoado entre diferentes configurações sociais. A expectativa é que essa luta por justiça se expanda, levando a um debate nacional sobre a relação entre os direitos civis e as políticas do governo federal em relação à imigração.
