O relatório da investigação possui 486 páginas, descrevendo detalhadamente as provas coletadas ao longo de quatro meses de trabalho. Os acusados tiveram a prisão preventiva solicitada à Justiça, incluindo Emílio Carlos Gongorra, conhecido como Cigarreira e apontado como mandante do crime, foragido da polícia.
Outros envolvidos são Diego Amaral, Kauê Amaral, Cabo Denis Antônio Martins, Soldado Ruan Silva Rodrigues e Tenente Fernando Genauro. Todos eles estão relacionados à morte de Gritzbach, que, segundo a investigação, foi motivada por vingança.
Emílio teria decidido assassinar o delator como retaliação pela morte de Anselmo Santa Fausta, traficante assassinado em 2021. Além disso, o motivo teria sido o suposto desfalque financeiro e a delação premiada feita por Gritzbach com o Ministério Público.
Durante a investigação, foram analisados 6 terabytes de material e 20 mil páginas de inquérito, incluindo extração de dados de celulares, rastreamento de deslocamentos e imagens de câmeras. A polícia descobriu que houve um pagamento de até R$ 3 milhões pela execução do crime.
Os policiais militares envolvidos foram indiciados pela força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública. Eles foram responsabilizados por homicídio quintuplamente qualificado, devido ao uso de armas de fogo de calibre restrito.
Segundo os investigadores, os policiais assumiram o risco de matar e ferir outras pessoas ao realizar o ataque em plena luz do dia e em um local movimentado. Um motorista de aplicativo também foi morto durante o ataque.
O documento com o parecer da Promotoria seguirá para a Justiça, que decidirá sobre as prisões dos envolvidos. Além disso, outros indivíduos que tiveram participação na execução de Gritzbach serão investigados em outro inquérito policial.