Durante a ação criminosa, o grupo agiu sem máscaras, facilitando o reconhecimento do suspeito, que é conhecido pelos sem-terra. O delegado Parra afirmou que o homem detido não apenas confessou sua participação no crime, mas também está colaborando com informações sobre os demais envolvidos. A polícia ainda está trabalhando para identificar os demais responsáveis pelo ataque ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).
O conflito teve início devido a uma tentativa de invasão de um lote identificado como desocupado pelo Incra. Altamir Bastos, assentado em São José dos Campos e dirigente regional do MST, relatou que os invasores notaram o lote vazio e tentaram se apropriar dele, inclusive retirando a bomba do poço que abastecia o assentamento. Durante o ataque, quatro integrantes do movimento foram atingidos por tiros na cabeça, resultando na morte de dois deles. Os criminosos, armados com diversas armas, atiraram indiscriminadamente contra as vítimas, demonstrando a intenção de matar.
Segundo Altamir, os agressores agiram de forma violenta e determinada a eliminar todos os presentes no local. O dirigente do MST destacou que a ação dos criminosos tinha o objetivo de intimidar o movimento, que se posiciona contra a venda ilegal de lotes nos assentamentos do Vale do Paraíba. O governo federal acionou a Polícia Federal para investigar o caso, atendendo a uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Polícia Civil continua diligenciando para identificar e capturar os demais envolvidos no ataque, visando levar os responsáveis à justiça e garantir a segurança dos sem-terra na região de Tremembé. Este triste episódio destaca a importância do trabalho investigativo e do combate à violência no campo, que coloca em risco a vida de trabalhadores rurais e a paz nas comunidades agrárias. A sociedade espera por respostas claras e efetivas para garantir a tranquilidade e a justiça diante de atos tão nefastos.