Uma das vítimas, que preferiu manter sua identidade em sigilo, relatou que o problema começou em maio deste ano. As mulheres eram conhecidas dentro do círculo social da vítima, o que gerou uma falsa sensação de segurança. “Nós pagamos pelo pacote de um cruzeiro — eu, minha esposa e minha cunhada — e, confiando nelas, não pedimos comprovantes ou recibos”, explicou a vítima, ressaltando a confiança que depositou nas supostas golpistas.
A reviravolta ocorreu em agosto, quando uma amiga que também havia adquirido um pacote com Dyene e Lorena decidiu verificar a reserva em um resort e descobriu que nada havia sido realmente comprado. “O caso dela foi resolvido, mas isso me fez querer ver os comprovantes da nossa compra”, comentou a vítima. Segundo ela, as golpistas tinham se mostrado evasivas e contraditórias a respeito das transações: “Fomos constantemente enganados, com desculpas e informações falsas”, lamentou.
Recentemente, as duas mulheres devolveram R$ 5 mil, mas, em seguida, cortaram todo contato, bloqueando os números das vítimas e afirmando que somente se pronunciarão por meio da Justiça. Diante da gravidade da situação, a vítima registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia de Valparaíso, onde as investigações prosseguem.
As suspeitas são donas da agência DL Tour Destinos, mas até o momento, não houve resposta das acusadas à solicitação de comentários feita pela imprensa. O caso chama a atenção não apenas pela possível fraudes financeiras, mas também pela confiança que as vítimas depositaram em pessoas do seu círculo social, evidenciando como esse tipo de crime pode ocorrer em ambientes onde as relações pessoais estão envolvidas. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes desta trama que abalou a confiança em um serviço tão comum como o de turismo.
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