Polícia Civil Descobre Fábrica de Doces Clandestina em Campinas
Em uma ação de vigilância sanitária, a Polícia Civil desmantelou uma fábrica clandestina de doces em Campinas, interior de São Paulo, nesta terça-feira. O local, utilizado para a fabricação de produtos à base de amendoim, como pé de moleque e paçoca, foi encontrado em condições extremamente insalubres, apresentando fezes de roedores no mesmo ambiente onde os alimentos eram manipulados e embalados. Essa descoberta levanta preocupações significativas sobre a segurança alimentar na região.
As investigações sobre a atividade ilícita tiveram início há cerca de duas semanas após denúncias que indicavam que o imóvel servia como um depósito de mercadorias roubadas. Durante a operação, os policiais notaram uma van descarregando materiais, o que os levou a realizar uma abordagem. Ao adentrarem nas instalações, descobriram uma estrutura montada para a produção e envasamento de doces, embora em condições inadequadas e perigosas para a saúde pública.
O delegado responsável pela operação, Sandro Jonasson, do 9º DP, relatou que o local era “absolutamente insalubre, sujo, totalmente inapropiado para manipulação de alimentos”. As evidências encontradas comprometem a saúde de muitos consumidores, já que os produtos eram comercializados para supermercados, atacados e até cantinas escolares na Região Metropolitana de Campinas.
Cerca de 3 mil embalagens prontas foram apreendidas, além de 10 mil recipientes vazios que estavam prontos para ser utilizados. O proprietário da fábrica, que foi preso em flagrante, afirmou que a produção semanal girava entre duas a quatro mil unidades, correspondendo a aproximadamente três toneladas de doces. Essa operação intensa das autoridades ressalta a gravidade do problema e a necessidade de fiscalização para garantir a saúde da população.
Adicionalmente, foi revelado que a fábrica havia sido interditada pela Vigilância Sanitária cerca de um ano e meio atrás, o que levanta questões sobre a efetividade das ações de controle sanitário. O homem preso enfrenta acusações por crimes relacionados à saúde pública e consumo. Uma audiência de custódia está agendada, enquanto investigações prosseguem para identificar os distribuidores e comerciantes que poderiam estar envolvidos com os produtos fabricados de forma irregular.









