Desde que o vídeo foi exposto, ele viralizou em plataformas como X (antigo Twitter) e TikTok, gerando uma avalanche de comentários. Enquanto alguns usuários tentam discutir a seriedade da situação, muitos outros se aproveitam do conteúdo para atrair atenção ou oferecer a filmagem em troca de seguidores. Um dos comentários, que exemplifica essa prática, dizia: “Tenho todos os vídeos. Basta me seguir para receber no direct.” Essa chamada atraiu a atenção de mais de 50 internautas, mostrando a extensão do desrespeito que permeia esse caso. Além disso, há novas postagens que somam mais de 100 comentários, nos quais tanto homens quanto mulheres – incluindo adolescentes – afirmam estar dispostos a compartilhar o material.
Importante ressaltar que a legislação brasileira trata com rigor os crimes relacionados à pornografia envolvendo menores. A advogada criminalista Flávia Maria Ebaid, do escritório Bialski Advogados Associados, enfatiza que armazenar e compartilhar tal conteúdo é uma violação grave dos direitos das crianças e adolescentes. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reforçam que os jovens têm o direito de crescer livres de qualquer forma de violência ou exploração, incluindo a digital.
Ebaid alerta que a disseminação de material pornográfico envolvendo menores pode causar danos psicológicos duradouros às vítimas. O ECA detalha as condutas ilegais, incluindo a oferta, troca e distribuição de imagens ou vídeos de natureza sexual. A punição para esses crimes varia de três a seis anos de reclusão, além de multa. Assim, a legislação considera crime não apenas a produção do conteúdo, mas também qualquer ato de compartilhamento, mesmo que em uma única vez.
Diante do cenário alarmante, a Polícia Civil do Paraná conclama os cidadãos a refletirem sobre a gravidade da situação e a protegerem os direitos e a dignidade dos adolescentes, evitando o compartilhamento e a propagação desse tipo de material ilegal. A investigação em curso busca responsabilizar todos os envolvidos, apontando a necessidade premente de uma maior conscientização sobre os impactos devastadores do acesso e da distribuição de conteúdo pornográfico envolvendo menores.