Segundo os investigadores, o suspeito utilizava dois imóveis para armazenar uma vasta quantidade de material destinado à fabricação de bebidas ilegais. Entre os itens apreendidos durante a operação estavam garrafas, tampas, rótulos, caixas e até selos falsificados da Receita Federal, elementos utilizados para conferir uma aparência de legitimidade aos produtos comercializados de forma ilegal. Esses materiais abasteciam uma rede que se estendia por diversas regiões do estado de São Paulo, com maior atividade concentrada nas áreas do interior.
O cerne do esquema envolvia a compra de garrafas de bebidas populares, como uísque, vodca e gin. O homem recolhia as garrafas usadas, realizava a lavagem dos recipientes e, em seguida, aplicava rótulos e selos fraudulentos. Utilizando prensas sofisticadas para o envasamento, ele conseguia replicar embalagens idênticas às originais, o que tornava a comercialização dos produtos adulterados ainda mais atraente para os consumidores desavisados.
Durante a ação policial, as autoridades apreenderam centenas de garrafas e milhares de itens relacionados à produção das bebidas falsificadas. Além do material, um vídeo gravado durante a operação mostra o suspeito confessando seu conhecimento sobre a destinação dos produtos, que eram vendidos em festas e baladas por todo o estado. Essa operação traz à tona não apenas a questão da segurança dos consumidores, mas também os danos que o comércio ilegal de bebidas pode causar à saúde pública e à economia local.
Essa prisão é um importante passo nas investigações contra a adulteração de bebidas, um fenômeno que tem crescido nos últimos anos e representa um desafio significativo para as autoridades. O combate a esse tipo de crime se faz necessário para proteger tanto a integridade dos consumidores quanto a imagem da indústria de bebidas legítimas.