A operação foi iniciada quando investigadores se dirigiram à Rua Taubaté para inspeccionar um imóvel suspeito. Durante a abordagem, um homem que descarregava uma Fiat Fiorino tentou fugir, mas foi rapidamente detido pelos policiais. O veículo estava parado em frente a um galpão que, posteriormente, foi inspecionado pela equipe.
Ao adentrarem o galpão, os agentes encontraram mais quatro suspeitos e diversos engradados de cerveja. Algumas das garrafas estavam sem rótulos, enquanto outras apresentavam rótulos de marcas renomadas. A investigação revelou que o grupo estava removendo as identificações de cervejas menos conhecidas e as substituindo por rótulos de marcas populares, com o intuito de revendê-las a preços inflacionados.
No total, foram apreendidas 1.491 garrafas de cerveja adulteradas, 13 mil tampinhas, e mais de 75 mil rótulos falsificados pertencentes a marcas renomadas como Antártica, Brahma, Original e Skol. Além disso, os investigadores encontraram três prensas de envase e bebidas vencidas, impróprias para consumo.
Os cinco homens envolvidos foram indiciados em flagrante, e a polícia solicitou a conversão de suas prisões em preventivas. O galpão utilizado para a operação foi lacrado, encerrando temporariamente as atividades ilícitas do grupo.
A operação ocorre em um contexto de crescente preocupação com a intoxicação causada pelo consumo de bebidas adulteradas, especialmente com a presença de metanol. Recentemente, o governo estadual interditou dez estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas adulteradas, em resposta ao aumento de casos de intoxicação, incluindo duas mortes confirmadas ligadas ao metanol. O Ministério da Saúde informou que, até o momento, o Brasil contabilizou 195 notificações de intoxicação, com 14 casos confirmados e 181 sob investigação.
Essas medidas refletem a urgência em combater a venda de produtos não regulamentados e a proteção da saúde pública, em um cenário que continua a evoluir e exigir monitoramento constante.
