A ação, denominada Operação Big Mobile, foi ampla e abrangeu toda a capital paulista. Entretanto, a grande maioria dos dispositivos foi encontrada em lojas e estabelecimentos comerciais localizados no centro da cidade.
O objetivo principal da operação era combater os crimes patrimoniais, especialmente os relacionados ao roubo, furto e receptação de celulares de origem ilícita. A polícia informou que a operação ainda está em andamento e não há confirmação sobre a atuação organizada dos suspeitos detidos.
Esta é a segunda fase da Operação Big Mobile. Na primeira etapa, realizada no sábado, 4 de janeiro, cerca de 275 celulares foram apreendidos e sete suspeitos foram presos em flagrante, também por receptação.
O Brasil tem enfrentado uma escalada de roubos e furtos de celulares, com quase dois casos registrados a cada minuto. Além disso, a utilização do Pix e a popularização dos aplicativos bancários tornaram os telefones ainda mais atrativos para os criminosos, que conseguem realizar transferências de dinheiro.
A Polícia Civil contou com a ajuda das informações fornecidas pelas vítimas, como a localização em tempo real dos aparelhos e os números de Imei, que identificam os dispositivos eletrônicos, para localizar os celulares roubados.
O delegado-geral, Artur Dian, destacou que a grande maioria dos aparelhos foi encontrada em estabelecimentos comerciais e de consertos de celulares. Ele ressaltou que parte dos dispositivos também estava em habitações coletivas, o que dificulta a apreensão sem mandado judicial.
Em uma coletiva de imprensa, o delegado-geral mencionou que a ação não se limitou apenas ao centro da capital paulista e que a intenção é expandir as operações para todo o Estado de São Paulo de forma rotineira. Ainda não há confirmação de uma conexão entre os suspeitos que caracterize uma organização criminosa, mas as investigações estão em andamento.
No decorrer de 2024, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que mais de 39 mil celulares de origem ilegal foram recuperados em toda a capital, 36 mil dos quais foram devolvidos aos seus donos. Além disso, mais de 370 suspeitos foram detidos ao longo do ano passado.
A Polícia Civil solicita que as pessoas continuem registrando boletins de ocorrência para auxiliar na busca por outros aparelhos roubados ou furtados. Os donos dos celulares recuperados serão contatados para reaverem seus dispositivos.
