Polícia Civil de São Paulo desmantela esquema de fraude bancária que causou prejuízo de R$ 11 milhões com participação de funcionários de uma instituição financeira.

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação abrangente contra um esquema de fraude bancária que pode ter envolvido colaboradores de uma instituição financeira local, resultando em perdas de mais de R$ 11 milhões. Nomeada “Operação Swap Oculto”, a ação policial seguiu a descoberta de movimentações suspeitas em contas corporativas de clientes por parte do banco afetado.

As investigações tiveram início quando a equipe de segurança do banco identificou transações irregulares que levantaram suspeitas. Subsequentemente, a Polícia Civil, por meio de um trabalho meticuloso, conseguiu traçar o caminho do dinheiro e identificar os principais envolvidos. Constatou-se que os funcionários do banco estavam utilizando suas credenciais, de forma fraudulenta, para contornar protocolos de segurança. Esta manobra lhes permitiu ativar IDs corporativos de forma indevida, o que abriu portas para o acesso não autorizado às contas e possibilitou o desvio de dinheiro sem o conhecimento dos legítimos proprietários.

Um dos casos mais emblemáticos desta fraude refere-se a uma empresa que teve impressionantes R$ 7,9 milhões transferidos de suas contas após a ativação maliciosa de um novo ID. Os criminosos, em um esforço para encobrir suas trilhas, desviaram os valores para contas de “laranjas” e de empresas fictícias. Adicionalmente, parte do montante desviado foi convertida em criptomoedas, notadamente o USDT (Tether), e movimentada por meio de uma corretora de bitcoin em transações que culminaram no envio para carteiras digitais externas. Esse ato levantou bandeiras vermelhas em relação à segurança das transações digitais, ainda mais em um cenário onde os criptoativos estão em alta.

Durante a operação de hoje, que envolve mandados de busca e apreensão, a polícia está atuando em diversas cidades, incluindo Sorocaba, Praia Grande, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e na capital paulista, além de municípios nos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Aproximadamente 220 mil dólares em criptoativos foram bloqueados judicialmente, marcando um passo significativo na tentativa de recuperar os valores perdidos e responsabilizar os envolvidos neste esquema sofisticado de fraude.

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