A investigação começou quando a vítima relatou o ocorrido às autoridades, que prontamente se mobilizaram para averiguar a situação. Durante a operação, os agentes apreenderam 12 garrafas que levantaram suspeitas quanto à sua composição. O responsável pelo estabelecimento, ao ser interrogado, apresentou amostras dos produtos vendidos e notas fiscais de algumas bebidas. No entanto, parte das garrafas recebidas estava como brinde, sem comprovação de origem, o que gerou ainda mais desconfiança.
As bebidas apreendidas passarão por perícia técnica para verificar se há contaminação, especialmente com substâncias perigosas como o metanol, conhecido por causar sérios problemas de saúde, incluindo cegueira e, em casos extremos, a morte. O inquérito policial segue em andamento, buscando esclarecer todos os detalhes em torno do incidente.
Além dessa operação, a preocupação com bebidas adulteradas não é um fenômeno isolado em São Paulo. Somente neste ano, as autoridades apreenderam 15 milhões de selos, rótulos e etiquetas fraudulentos. Durante a mesma data da apreensão na padaria, cerca de 1,8 mil lacres falsos foram confiscados na capital paulista, demonstrando um esforço contínuo para combater a comercialização de bebidas irregulares.
Ainda na quinta-feira, a Polícia Civil fechou um depósito em Mogi das Cruzes, onde mais de 20 mil garrafas de diferentes marcas foram encontradas, todas organizadas e limpas. Em Jundiaí, uma fábrica clandestina foi desmantelada, e em Dobrada, foram capturadas 162 garrafas de uísque com rótulos falsificados. Em Barueri, 128 mil garrafas lacradas foram apreendidas por falta de documentação, e 17,7 mil garrafas foram capturadas em Americana em uma ação similar.
Os casos de intoxicação por metanol estão em ascensão, com 59 notificações registradas até agora no Brasil, sendo São Paulo o estado com maior incidência, contabilizando 52 casos suspeitos. As autoridades alertam que o consumo elevado de metanol pode ser fatal, e medidas rigorosas estão sendo implementadas para evitar novas contaminações.