Os policiais militares foram afastados e estão sendo investigados por suspeita de envolvimento no homicídio do delator. Segundo as investigações, eles teriam sido vistos acompanhando Gritzbach durante uma audiência de instrução no tribunal do júri. O comportamento suspeito dos seguranças do empresário chamou a atenção de um assessor judiciário, que relatou o caso à Corregedoria da PM.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou em entrevista coletiva que o simples fato dos PMs estarem realizando um serviço extra corporação já configura uma contravenção disciplinar. Além disso, o fato de estarem agindo em favor de um indivíduo ligado ao crime organizado torna a situação ainda mais grave.
Paralelamente, uma investigação também está ocorrendo na Corregedoria da Polícia Civil, a partir de trechos da delação de Gritzbach que foram compartilhados com a corporação pelo Ministério Público de São Paulo. Esses trechos citam delegados de diferentes delegacias da capital que estariam envolvidos em extorsões.
A morte de Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, chocou a população pela sua brutalidade. Gritzbach havia feito um acordo de delação premiada com o MPSP e, em seu relato, denunciou lavagem de dinheiro para membros do PCC, como Anselmo Santa Fausta e Claudio Marcos de Almeida. Esses personagens estavam envolvidos em uma empresa de ônibus da zona leste da capital.
A execução de Gritzbach, que era réu por homicídio, trouxe à tona questões obscuras envolvendo o crime organizado e a corrupção policial. As investigações estão em andamento para esclarecer todos os fatos e responsabilizar os envolvidos nesse trágico episódio.