PMs faziam escolta para delator do PCC antes de sua morte no aeroporto de Guarulhos. Autoridades investigam envolvimento dos agentes.

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo descobriu um grave caso de corrupção envolvendo quatro policiais militares que estavam fazendo escolta para Antônio Vinícius Gritzbach, um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esse esquema foi descoberto semanas antes de Gritzbach ser brutalmente assassinado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na última sexta-feira (8/11).

Os policiais militares foram afastados e estão sendo investigados por suspeita de envolvimento no homicídio do delator. Segundo as investigações, eles teriam sido vistos acompanhando Gritzbach durante uma audiência de instrução no tribunal do júri. O comportamento suspeito dos seguranças do empresário chamou a atenção de um assessor judiciário, que relatou o caso à Corregedoria da PM.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou em entrevista coletiva que o simples fato dos PMs estarem realizando um serviço extra corporação já configura uma contravenção disciplinar. Além disso, o fato de estarem agindo em favor de um indivíduo ligado ao crime organizado torna a situação ainda mais grave.

Paralelamente, uma investigação também está ocorrendo na Corregedoria da Polícia Civil, a partir de trechos da delação de Gritzbach que foram compartilhados com a corporação pelo Ministério Público de São Paulo. Esses trechos citam delegados de diferentes delegacias da capital que estariam envolvidos em extorsões.

A morte de Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, chocou a população pela sua brutalidade. Gritzbach havia feito um acordo de delação premiada com o MPSP e, em seu relato, denunciou lavagem de dinheiro para membros do PCC, como Anselmo Santa Fausta e Claudio Marcos de Almeida. Esses personagens estavam envolvidos em uma empresa de ônibus da zona leste da capital.

A execução de Gritzbach, que era réu por homicídio, trouxe à tona questões obscuras envolvendo o crime organizado e a corrupção policial. As investigações estão em andamento para esclarecer todos os fatos e responsabilizar os envolvidos nesse trágico episódio.

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