De acordo com a SSP, a corregedoria da PM solicitou imagens das câmeras de segurança do local onde ocorreu a abordagem policial para investigar o episódio. Em nota, a pasta repudiou a conduta dos agentes e afirmou que pretende punir exemplarmente aqueles que violam a lei e desobedecem os protocolos estabelecidos pela corporação.
Ueslei foi abordado pelos policiais em frente a uma farmácia no bairro do Gonzaga. Ele relatou que, ao questionar o motivo da abordagem, foi agredido com um tapa no rosto por um dos agentes. Em seguida, segundo seu relato, sofreu mais agressões e foi levado à delegacia.
O petroleiro ficou algemado durante a noite na unidade policial, junto com seus gatos de estimação que estavam dentro de uma mochila. Ele afirmou que os policiais não perguntaram seu nome, profissão ou motivo de estar no local da abordagem em nenhum momento. Ueslei apresentava hematomas no olho esquerdo e no punho.
Nos relatos dos policiais no boletim de ocorrência, foi mencionado que eles foram acionados após um alarme disparar na farmácia e encontraram Ueslei próximo à porta de ferro do estabelecimento. Segundo eles, o petroleiro teria disparado o sistema de segurança ao sentar-se próximo à porta.
A advogada de Ueslei solicitou acesso ao processo e às imagens das câmeras de segurança, que foram disponibilizadas pela SSP. Ela afirmou que irá apresentar uma queixa-crime contra os policiais por violência e racismo.
O caso está sendo investigado rigorosamente pela Polícia Militar por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM). A SSP reforçou seu compromisso com a legalidade, transparência e direitos humanos fundamentais no desenvolvimento das investigações.
Essa situação de abuso e violência por parte da Polícia Militar tem gerado críticas e desencadeado uma crise na segurança pública do estado de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas reconheceu a gravidade da situação, classificando a segurança pública como uma ferida aberta que precisa ser tratada.
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