De acordo com relatos do motociclista, ele havia acabado de adquirir a moto e foi abordado pelos policiais por conta de débitos pendentes e ausência de retrovisores. Durante a abordagem, ao questionar para onde sua moto seria levada e quais multas seriam aplicadas, o jovem foi agredido com um tapa no rosto, o que gerou uma reação de constrangimento e humilhação.
O motociclista, que se considerou vítima de abuso de autoridade e violência policial, lamentou o ocorrido perante a sua comunidade. Em meio à situação caótica, ele ainda tentou registrar a ocorrência na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) e no Instituto Médico Legal (IML), mas foi recusado pelos próprios policiais que o agrediram.
A advogada do jovem, Jéssica Marques, destacou a desproporcionalidade da conduta dos policiais militares, afirmando que seu cliente não representava ameaça e que a ação dos policiais foi injustificável. Diante disso, a defesa pretende acionar a Corregedoria da PMDF e entrar com ações indenizatórias.
Em nota, a PMDF garantiu que irá apurar os fatos por meio de um procedimento disciplinar e reiterou que não compactua com desvios de conduta por parte de seus integrantes. Por outro lado, o Metrópoles entrou em contato com a Polícia Civil (PCDF) para esclarecimentos sobre a conduta dos policiais na 8ª DP, mas até o momento não obteve resposta.
Este lamentável episódio ressalta a importância da transparência e seriedade no exercício da função policial, bem como a necessidade de punir exemplarmente desvios de conduta para que a confiança da população na corporação seja restabelecida. Espera-se que as devidas providências sejam tomadas para evitar que casos como esse voltem a acontecer, garantindo o respeito aos direitos e à integridade dos cidadãos.